Assunto será destaque no Fórum Mundial da Água entre os dias 18 a 28 de março em Brasília.

Fórum Mundial da Água vai discutir como transformar resíduos em recursos, como o lodo, em biogás em energia. Empresa brasileira já está neste caminho.

Um dos grandes problemas para o meio ambiente hoje é o esgoto lançado em rios, lagos e reservatórios sem tratamento adequado. Além de poluir leva a mau cheiro e à degradação do entorno. Por isso, é necessário que todo o esgoto gerado seja tratado. Além disso, há hoje uma corrente mundial que busca não só devolver para o ambiente um esgoto mais tratado, mas transformar este resíduo em um recurso valioso, como água e energia.

A General Water, concessionária particular de água e esgoto que implanta e opera, com recursos próprios, sistemas de abastecimento de água e tratamento e reúso de efluentes, é uma das maiores entusiastas deste movimento e já atua ativamente neste sentido. “Trabalhamos com reúso de água em larga escala em edifícios comerciais, indústrias e shoppings e reduzimos muito a quantidade de esgoto que vai para os rios, o que ameniza sensivelmente o impacto ambiental”, diz Fernando Pereira, diretor comercial da General Water.

Cerca de 2% do esgoto tratado se transforma em lodo, inadequado para ser jogado na água. A General Water o desagua e o transporta para uma usina de compostagem, no interior de São Paulo. Lá, este resíduo orgânico vira adubo para cultura de cana e de café. No entanto, a General Water está voltando seus investimentos para uma usina com tecnologia avançada para transformar este lodo em biogás para geração de energia elétrica.

“É uma fonte limpa. Além de reduzir muito a emissão de CO2 com o transporte do lodo, a queima do metano gerado pelo mesmo também reduz sensivelmente a emissão deste poderoso gás de efeito estufa (o metano é cerca de 30 vezes mais prejudicial para o efeito estufa do que o CO2)”, diz Fernando.

A energia gerada poderá ser utilizada para utilizada para manter as operações da General Water e o excedente poderá ser vendido. “É preciso olhar o esgoto não como lixo, mas como um recurso valioso”, completa ele.

Fonte: O Debate