Na composição da tarifa o governo fica com a maior parcela.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu, nesta terça-feira (24/5), o índice médio de 3,78% para o reajuste das tarifas de energia elétrica da Cemig Distribuição, que passa a vigorar a partir do próximo sábado (28/5), valendo até maio do ano que vem.
O aumento para o consumidor residencial comum é de 4,21%. Para os consumidores atendidos em alta tensão, o aumento médio a ser percebido será de 2,06%. Para os consumidores atendidos em média e baixa tensão o reajuste será de 4,63%.
Composição da fatura
A tarifa visa assegurar às distribuidoras receita suficiente para cobrir custos operacionais e remunerar investimentos necessários para expandir a capacidade e garantir o atendimento com qualidade da população. Os custos e investimentos repassados às tarifas são calculados pela Aneel.
Quando a conta chega ao consumidor, ele paga pela compra da energia (custos do gerador), pela transmissão (custos da transmissora) e pela distribuição (serviços prestados pela distribuidora), além de encargos setoriais e tributos.
Do valor cobrado na fatura, apenas 21,4% ficam na Cemig Distribuição e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação e o custeio da Concessionária. Os demais 78,6% são repassados para cobrir a compra da energia (28,7%), encargos setoriais (18,3%) e encargos de transmissão (2,9%), ICMS (22,1%) e Pasep/Cofins (6,5%), que são custos repassados aos governos estadual, federal e outros agentes do setor elétrico.