Lâmpada incandescente não será mais comercializada a partir de 30 de junho.

Ao término do mês de junho um produto presente na vida dos brasileiros há muitos anos, deverá ser extinto.

A partir desta quinta-feira (30/06), a lâmpada incandescente não poderá mais ser comercializada, conforme estabelecido pela Portaria Interministerial 1.007 dos Ministérios de Minas e Energia; e da Ciência, Tecnologia e Inovação; e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.

Em 2010, um estudo da Fundação Espaço ECO, organização que trabalha com a medição da sustentabilidade, analisou o processo produtivo das tecnologias LED, incandescente e fluorescente tubular e verificou aquela com melhor performance ambiental e econômica. Na ocasião, o resultado apontou a lâmpada fluorescente tubular como a mais ecoeficiente e com igual impacto ambiental da lâmpada LED, ou seja, à medida que o preço da lâmpada LED diminuísse esta poderia ser a melhor opção. A lâmpada incandescente foi a de menor ecoeficiência.

Na avaliação de todo o ciclo de vida (metodologia usada para o estudo) de produção e utilização das lâmpadas ficou claro que os principais impactos tanto ambientais como econômicos estão relacionados à fase de uso, que reflete a energia consumida durante sua vida útil.

Desse modo, a ecoeficiência da lâmpada é diretamente proporcional à sua eficiência, ou seja, sua capacidade em transformar eletricidade em luz, utilizando a menor quantidade de energia. Este dado mostra como a lâmpada incandescente foi a pior opção segundo o estudo. Além de apresentar a menor performance ambiental, mostra-se a mais cara quando se levam em conta sua menor vida útil e, principalmente, os custos da energia elétrica consumida durante seu uso.

“Neste estudo constatamos que o uso da lâmpada é a fase crucial em seu impacto ambiental e econômico relacionado ao consumo de energia. Ao escolher este produto o consumidor deve verificar aquele que melhor alinha a geração de luz e o consumo de energia para este fim, ou seja, sua eficiência energética. É importante ainda que as pessoas verifiquem a qualidade das instalações elétricas de sua residência”, recomenda Juliana Silva, gerente de Socioecoeficiência da Fundação Espaço ECO.

Atualmente, a iluminação representa cerca de 20% de toda a energia elétrica consumida no mundo. Estima-se que 70% dessa energia seja consumida em lâmpadas de baixa eficiência energética. “Desta forma, a mudança por produtos mais sustentáveis deve considerar a ciência para a tomada de decisão de governos, empresas e indivíduos mais assertiva. Ao extinguir produtos do mercado precisamos ter certeza desta decisão baseados em dados comprovados cientificamente e não por achismo. Com isso, o consumidor tem todas as informações necessárias para sua escolha”, destaca Juliana.

Fonte: O Debate – Portal de Noticias