Em palestra durante o fórum Brazil Energy Frontiers, Julian Critchlow apoiou o investimento em matrizes eólica e solar.

O Brasil terá de rever sua política de matrizes energéticas para os próximos 20 anos. Segundo dados apresentados nesta quarta-feira (19), durante o Brazil Energy Frontiers, em 2035 a participação das hidrelétricas na geração de energia elétrica do País irá cair de 81 para 62%, enquanto a eletricidade gerada por gás e turbinas eólicas irá aumentar de 5 para 15% e de 1 para 9%, respectivamente.

De acordo com Julian Critchlow, sócio do escritório da Bain & Company no Reino Unido e um dos principais palestrantes do evento, a boa notícia é a queda nos custos.

“O apetite dos investidores em energias renováveis diminuiu. No entanto, o custo dessa estrutura também está caindo rápido”, comenta o especialista, reiterando que em lugares como a Índia, onde painéis solares eram caros, agora eles estão acessíveis.

Em sua palestra, o executivo apresentou dados da União Europeia, conhecida pelo pioneirismo no uso de fontes renováveis.

De acordo com o estudo feito pela Bain em parceria com o World Economic Forum, em 2040 quase 40% da eletricidade produzida na Europa virá de fontes renováveis. Julian Critchlow disse ainda que o desafio para energias renováveis no Brasil é o mesmo do Velho Mundo.

“É preciso adotar uma política de baixo custo. Com isso, é possível chegar aos objetivos mais rápido”, diz. O diretor britânico da Bain & Company explica que soluções muito caras se refletem em toda a cadeia, desde a implantação até o consumidor.

Especialista em Utilities e práticas de energias alternativas com mais de 25 anos de experiência em consultoria estratégica.

Engenheiro químico formado pela Universidade de Cabridge, Critchlow passou a integrar o time de profissionais da Bain em 1987, tendo passado também pelo escritório localizado na cidade norte-americana de São Francisco.